Duas formas de atuação política e social –o anti-colonialismo
e a luta-de-classes- marcaram as visões socialistas do século XX, sendo uma
mais forte na Eurásia (luta-de-classes ou marxismo) e outra mais forte na
América Latina (anti-colonialismo ou nacionalismo).
O marxismo e o nacionalismo divergem como
visões-de-mundo, pois aquele é economicista-materialista e este é cultural-holístico.
Existem também dinâmicas sociais e econômicas muito distintas em ambos.
A luta-de-classes representa atuar com um
capital passivo, buscando dividir melhor o pouco que resta da exploração
internacional num país. Mesmo considerando que as classes abastadas dividirão a
contragosto os recursos adquiridos da exploração sócio-ambiental com as classes mais humildes, isto ainda
limita enormemente os recursos que são continuamente drenados para o exterior.
A visão do conflito social é definitivamente muito rala diante da visão da defesa dos recursos da nação. A ideologia de luta-de-classes pode até ser cômoda em sociedades capitalistas antigas, bem defendidas e bem estruturadas, porém nas novas sociedades servem apenas para debilitar a sociedade ante o colonialismo, no caso, capitalista. Povo dividido não enxerga o mal que vem de fora e nem tem força para combatê-lo.
A visão do conflito social é definitivamente muito rala diante da visão da defesa dos recursos da nação. A ideologia de luta-de-classes pode até ser cômoda em sociedades capitalistas antigas, bem defendidas e bem estruturadas, porém nas novas sociedades servem apenas para debilitar a sociedade ante o colonialismo, no caso, capitalista. Povo dividido não enxerga o mal que vem de fora e nem tem força para combatê-lo.
O marxismo não almeja conter o colonialismo
econômico do capitalismo (ver apologias da exploração internacional no “Manifesto Comunista”),
pois o marxismo está tão focado nos benefícios da classe proletária quanto o capitalismo está
focado nos benefícios da burguesia. A rigor, o marxismo tampouco se escusa da exploração
colonialista. Ambos rejeitam –em tese- o
apólogo nacionalista, porém na prática tal coisa funciona bem como o
liberalismo, qual discurso-de-exportação e propaganda ideológica para
exploração internacional, onde os cartéis poderosos possam dominar as economias
do mundo. O nacionalismo tácito e o próprio racismo sempre permaneceram forte
nos grandes polos capitalistas e comunistas, não sendo rara sequer a escravidão
(vide México e China).
O marxismo é assim um sócio mal-disfarçado do
capitalismo, como uma antítese filosófica que depende inteiramente da tese
original. O neo-marxismo é, da mesma forma, um sócio ativo do neo-colonialismo capitalista,
para o qual escancara as portas das nações em troca da exploração desmedida de
riquezas visando obter lucro fácil com commodities
(matéria-prima), além de praticar o arrocho fiscal sobre a classe média (a qual costuma confundir com “burguesia”!).
Ademais, ao apropriar-se dos meios capitalistas
de produção, o marxista poda o fluxo das iniciativas capitalistas que Marx
tanto exaltou, então necessita correr atrás (espionagem industrial e militar,
etc.) e cada vez mais se igualar ao próprio capitalismo.
O neo-marxismo (radicalização da social-democracia)
alcança a proeza de desestimular tanto os empresários através dos impostos e da
alta dos salários, quanto os trabalhadores através do assistencialismo,
paralisando assim a economia e estimulando a inflação. Consegue assim transformar
a própria classe trabalhadora em novos parasitas da nação, a par com os
capitalistas exploradores “de sempre”.
Ora, se mesmo quando os trabalhadores alcançam
se apropriar dos meios-de-produção as coisas já são bastante complexas e
desafiadoras, que dizer quando o marxismo abdica desta “revolução permanente” para
se reduzir ao assistencialismo? Tal coisa é patética e não serve para nada mais
que a tentativa de perpetuar um projeto-de-poder, como acontece hoje no Brasil do
PT.
Logo ao chegar ao poder, Lula acenou com esta
renúncia à soberania nacional pela desistência de realizar a auditoria da dívida
externa propugnada historicamente pelo seu próprio partido. Resolveu pedir aos
banqueiros internos que a pagassem, a fim de transformar a dívida externa em dívida
pública ou interna, o que lhe assegurou um lugar à mesa no festim internacional
e a possibilidade de transformar a crise internacional em crise social, bem ao
estilo (neo) marxista. Provavelmente este procedimento ainda merecerá alguma
auditoria ou investigação, agora que se descobre o tamanho da corrupção
protagonizada pelos governos do PT.
Em suma, o marxismo não favorece o trabalho e
nem progresso e o aumento da riqueza, apenas empobrece os ricos para diminuir temporariamente
a miséria dos pobres, a um alto custo para o meio-ambiente e as gerações
futuras, desestimulando a produção da riqueza e da cultura. O marxismo existe
apenas para contrastar a falácia capitalista, que tenta propor uma via de
progresso através do crescimento da produção, onde a riqueza resultante se
destina na prática apenas às elites.
O nacionalismo por sua vez, trata de estancar a
sangria econômica (que ademais apenas fortalece o opressor) no país, permitindo
o crescimento equânime e igualitário da sociedade. A proteção nacionalista assegura a contenção da
riqueza permitindo haver recursos para a distribuição de bens para todos dentro
da nação, afastando o fantasma bastardo da luta-de-classes. É por esta razão que os imperialistas
e seus sócios capitalistas perseguem tanto o nacionalismo.
Os marxistas tampouco simpatizam com o nacionalismo
porque os marxistas confundem apressadamente nacionalismo com xenofobia, coisa
que apenas pode acontecer dentro das próprias nações imperialistas... Como o medicamento, o Nacionalismo –como talvez
qualquer outra ideologia- pode ser remédio numa situação e veneno em outra. Consideramos
por isto marxismo estrito colonialismo cultural em países novos. Socialismo é muito mais
do que isto, basta conhecer a História, que nem passa pelo fascismo - aliás não
seria nada difícil identificar este DNA independente na História do país se
houvesse boa vontade, ainda que busquemos hoje inovações.
Na verdade os nacionalistas é que possuem fartas razões para detestar o marxismo, pelas razões acima arroladas e outras, uma vez que o marxismo tampouco respeita a cultura e a identidade tradicional das nações. No fundo, os nacionalistas sabem que os marxistas também são imperialistas, e fazem o mesmo trabalho sujo dos capitalistas de invadir as nações e explorar o seu povo e a terra até a exaustão.
Na verdade os nacionalistas é que possuem fartas razões para detestar o marxismo, pelas razões acima arroladas e outras, uma vez que o marxismo tampouco respeita a cultura e a identidade tradicional das nações. No fundo, os nacionalistas sabem que os marxistas também são imperialistas, e fazem o mesmo trabalho sujo dos capitalistas de invadir as nações e explorar o seu povo e a terra até a exaustão.
a falsa "missão" civilizatória do imperialismo |
Em última análise, o marxista participa da mesma
ideologia iluminista e modernista de redimir as nações das “trevas” do passado, com suas crenças, superstições e estruturas sociais, levando a humanidade “ilustradamente”
para as “luzes da civilização”! E nesta mais que duvidosa “boa intenção”
sobressai toda a forma de exploração social, onde ademais o colonizado sempre
será um sócio menor do próprio colonizador.
Pois que nos esqueçam apenas e nos deixem em
paz todos estes parasitas materialistas. Nós saberemos separar perfeitamente o joio do
trigo -seja do nosso próprio passado como daquilo tudo que oferece o colonizador-, ainda que a alienação ideológica alcance confundir muitas mentes
desavisadas entre nós.
O nacionalismo não representa meramente uma opção nas lutas do socialismo, ele significa uma via autônoma e independente em seus valores e perspectivas sociais. Fala-se hoje sobre uma “terceira via” na esfera política, associada à Social-Democracia, mas na verdade esta mal passa de uma combinação híbrida entre ideias marxistas e capitalistas. A verdadeira terceira via sempre teve exposta através do próprio nacionalismo, constituindo uma síntese soberana que olha para além dos conflitos sociais, protagonizada inclusive por um novo extrato social, emergente especialmente no Novo Mundo onde a estrutura social ainda está em processo de construção. Este extrato social emergente sabe olhar pois para a unidade da nação e para as metas luminosas de um novo modelo de humanidade, acompanhando a evolução das coisas, sem perder suas raízes profundas cavadas na história e na evolução plena do ser humano.
O nacionalismo não representa meramente uma opção nas lutas do socialismo, ele significa uma via autônoma e independente em seus valores e perspectivas sociais. Fala-se hoje sobre uma “terceira via” na esfera política, associada à Social-Democracia, mas na verdade esta mal passa de uma combinação híbrida entre ideias marxistas e capitalistas. A verdadeira terceira via sempre teve exposta através do próprio nacionalismo, constituindo uma síntese soberana que olha para além dos conflitos sociais, protagonizada inclusive por um novo extrato social, emergente especialmente no Novo Mundo onde a estrutura social ainda está em processo de construção. Este extrato social emergente sabe olhar pois para a unidade da nação e para as metas luminosas de um novo modelo de humanidade, acompanhando a evolução das coisas, sem perder suas raízes profundas cavadas na história e na evolução plena do ser humano.
webersalvi@yahoo.com.br
(51) 9861-5178 e (62) 9667-9857
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