As Guerras Mundiais e o segredo do Triângulo

 O Triângulo é a primeira forma geométrica, e com ela se implementa uma unidade. Por esta razão acontecimentos tríplices possuem um poder alavancador, criando uma corrente de unificação. Um aparelho elétrico necessita de correntes positiva, negativa e neutra.

Tem sido avaliado que Guerras Mundiais tem sido desencadeadas quando se criam três importantes frentes de batalhas. Interesses imperiais terminam por espraiar o conflito para outras nações e assim começa uma guerra mundial. As Guerras Mundiais tendem a envolver de algum modo os três continentes da Eurasáfrica.

A Primeira Grande Guerra teve uma origem bastante complexa, mas podemos ainda assim assinalar três frentes de tensões:

1º front: Sérvia X Áustria-Hungria

2º front: França X Alemanha-Prússia

3º front: Grã-Bretanha X Império Otomano

Já a Segunda Grande Guerra teve uma clara origem tríplice de pressões imperialistas (ver mapa abaixo, num quase Triângulo de Pitágoras aliás), a saber:

1º front: Alemanha X Polônia

2º front: Japão X China

3º front: Itália X Etiópia

As Guerras Futuras

Um século após, atualmente também se está começando a formar um triângulo de conflitos, ou seja:

1º front: Rússia X Ucrânia

2º front: Israel X Irã

3º front: China X Taiwan 

Embora alguns destes últimos fronts sejam hoje apenas estimativas, os Estados Unidos estão muito interessados em defender Israel e Taiwan por considerar estes pequenos países enclaves estratégicos nas suas regiões. Neste aspecto o amadurecimento dos conflitos locais pode permitir entrever para onde o mundo está caminhando.

Contudo, dentro da própria lógica aqui tratada, haveria um perigo especial nesta próxima Guerra Mundial, implícito inclusive no próprio potencial destrutivo que a humanidade tem acumulado desde então. Este risco deve-se naturalmente por tratar-se da Terceira Grande Guerra. O 3x3=9 também forma um ciclo completo que confere um teor de acabamento às coisas, de modo que podemos estar falando efetivamente de uma “Guerra Terminal” ou “de Fim de Mundo”. O planeta começa a sofrer grandes mudanças, e em muitos planos, de modo que os próximos anos poderão ser decisivos.

Tudo isto significa que uma Terceira Grande Guerra pode trazer consigo embutida uma espécie de Quarta Grande Guerra também, de modo que se trataria de uma Guerra-Dupla travada em diferentes dimensões - e com isto os paradigmas da humanidade definitivamente se transformam.

Na verdade esta ideia estaria presente também na própria ideologia iraniana, na medida em que se aguarda a chegada do Iman Mahdi após uma guerra mundial para dar início então à grande Guerra Religiosa do final dos tempos. A Pérsia representa uma síntese da Civilização Árya e um dos grandes berços das suas profecias, irradiando para muitas religiões as suas crenças.

Deste modo, várias religiões poderiam também compactuar de ideias afins, mesmo porque o conservadorismo e o fundamentalismo têm crescido muito no mundo nos últimos anos. As nações cada vez mais acham-se internamente divididas com isto, insinuando uma promessa de universalização do conflito de uma forma jamais ocorrida...

Analistas estimam que as coisas possam estar maduras para uma invasão chinesa a partir de 2030. É possível que o Irã não comece uma guerra local antes disto, porque ele já prevê uma Guerra Mundial como vimos, onde possa aí sim contar com muitos aliados. Seria previsível porém que no momento em que a China decida-se por invadir Taiwan, Teerã trate de aproveitar a situação para incrementar uma guerra com Israel -afinal as atenções dos Estados Unidos estarão amplamente divididas então- a fim de fechar o triângulo-de-fogo da Terceira Guerra Mundial. 

O Irã é um país que desde sua Revolução Islâmica vem se organizando de forma independente e original, aprendendo com todas as ocorrências do entorno para salvaguardar os seus interesses. Nisto caberia destacar três fatores importantes desta nação:

a. Geografia estratégica 

b. Geopolítica tentacular 

c. Desenvolvimento militar

A geografia persa é estratégica tanto na região como internamente oferecendo sistemas montanhosos na face Ocidental. Sua capacidade militar e alianças proxis tem mostrado já eficiência regional. E como sabemos o país persa além de desenvolver novas tecnologias bélicas também está na iminência de ter a sua bomba nuclear, uma conquista que pode mudar o equilíbrio de forças na região. A diplomacia também tem o seu lugar nisto tudo. A reaproximação que a China realizou entre o Irã e a Arábia Saudita teve o poder de neutralizar a ação dos Estados Unidos nos últimos conflitos abertos.

Vale recordar que a história da Pérsia está profundamente confundida com a dos judeus, inclusive de forma positiva quando o rei Ciro foi declarado pelos profetas hebreus como um libertador e um enviado de Deus, enriquecendo e ampliando o conceito messiânico para outras raças e civilizações. As profecias bíblicas de Gog e Magog porém estimam que a (provavelmente) Pérsia deverá liderar uma coalizão de nações contra Israel.

Tudo isto irá somando para um dia poder explodir. Os mais otimistas falam da possibilidade das coisas permanecerem como uma “Guerra Fria” em função da própria letalidade das armas modernas, porém como existe todo tipo de armamento, a incógnita a respeito e os riscos são igualmente grandes. Uma dúvida aqui seria em torno da Guerra da Ucrânia: será que tal guerra tardará tantos anos mais?! Os Estados Unidos podem não se mostrar tão receptivos a isto. Porém, a Europa, que seria a mais interessada no assunto, está se rearmando aos poucos para substituir os Estados Unidos na sua própria autodefesa. E uma Europa armada sempre foi sinônimo de guerras.

Sobre o Autor:

Luís A. W. Salvi -LAWS- é estudioso da Sabedoria Tradicional há mais de 40 anos e porta-voz da Sociologia Holística. Publica suas obras através dEditorial Agartha e coordena também o Canal Agartha wTV.

 


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