ONU declara em 2012 a América Latina como a região mais urbanizada do mundo –apesar de ser também a menos povoada em relação ao seu território. O índice ali anda pelos 80% de urbanização.
O que significa isto? Obviamente não se trata de “aspiração civilizatória”, “vocação para qualidade de vida”, “sede de progresso” ou qualquer outra balela da doutrinação capitalista.
Se trata única e tão somente, da conseqüência da colonização, rematada sob as ditaduras militares da Guerra Fria que assolaram a região na segunda metade do Século XX, quando a curva da urbanização começou a dominar através do êxodo rural.
Naturalmente, tal coisa está na contra-mão da história, como demonstra as seguintes matérias divulgadas na imprensa - ver matéria "Êxodo urbano: uma tendência mundial" nesta webpágina.
Uma das grandes causas do abandono do campo, é a falta de apoio dos governos e o incentivo à industrialização centralizada e ao consumismo, a fim de produzir mão-de-obra urbana barata.
O quadro se agrava com o crescimento do país e da economia, daí ser Brasil e México os países em situação mais crítica, provando que o capitalismo e a industrialização mecânicas são falácias.
Não ao acaso, na mesma ocasião se declara que a violência é a preocupação que mais mobiliza os latino-americanos. Tudo começa com a violência colonial e neo-colonial, que degrada as sociedades.
Contudo, a degradação da vida urbana tem levado a uma desaceleração do êxodo rural desde o ano 2000. Sucede que nada menos que 25% das pessoas nas zonas urbanas vivem em estado de miséria...
A tendência atual é pela ida para a periferias dos grandes centros, a ocupação dos espaços vazios do interior do país e a busca de emprego nas cidades emergentes do Centro-Oeste.
A resposta portanto é apenas uma: EXODO URBANO organizado! Isto significa: autonomia, liberdade, respeito, saúde, integridade, realização, esperança...
Nenhum comentário:
Postar um comentário