Com quais forças políticas ou sociais poderá
contar o Ambientalismo para fazer as profundas mudanças históricas necessárias?
Haverá um contexto social mais característico da sustentabilidade, preventiva
ou senão resultante das crises ambientais e capaz de oferecer respostas
satisfatórias a elas? A História aponta que sim, hoje e sempre. É o que veremos
neste estudo sobre os contextos sócio-culturais da sustentabilidade.
Assim, talvez o primeiro argumento positivo que
o leitor apresente à pergunta do título desta matéria seja sobre o Partido
Verde alemão, que há 35 anos chegou no Parlamento daquele país.
Mister é reconhecer, contudo, que se conta ali
com idiossincrasias favoráveis. Por origem e formação cultural, os alemães
possuem uma nítida inclinação para as Ciências Naturais. A própria sociedade
germânica providencia seus caminhos, de tal modo que representa a economia com
a matriz energético mais ambientalista do mundo, e outros países da região
seguem este passo por razões similares. Quando se tem um vínculo
naturalista tradicional as coisas podem ser facilitadas. É o caso da Bolívia atual
onde a forte militância indígena acabou elegendo um representante de seu próprio
foro.
Mesmo assim, recai na política o peso dos
fatos. Partidos nem sempre são representações transparentes e legítimas. Hoje o
Partido Verde alemão se coloca “como
apenas mais um partido burguês,
politicamente situado entre os social-democratas e os conservadores.”*
Nós porém estamos bastante longe disto neste
Extremo Ocidente. A força da democracia que de certa forma culmina no voto,
passa por estágios prévios que envolve realidades como educação, base social, mobilização
social e poder financeiro.
Contudo, os detentores das escolas e
universidades são o Estado, a Igreja e algumas iniciativas privadas que se
dividem entre linhas filosóficas algo isoladas e correntes empresariais.
Do ponto de vista do atavismo social, não se
possui maior arraigo cultural em torno do assunto, mesmo porque a religião
dominante ainda é transcendentalista (embora o fransciscanismo
resgate e aprofunde o imanentista cristão).
Os ambientalistas não podem se organizar em
sindicatos ágeis porque eles não possuem poder real de pressão, já que não
atuam através de meios-de-produção.
Finalmente, os ecologistas não possuem poder
financeiro para bancar grandes sistemas de mídia ou atuar politicamente com
maior desenvoltura.
O que restaria neste caso? Aparentemente, sobraria
apenas fomentar iniciativas isoladas como as do Greenpeace e contar que as
crises ambientais convençam a população sobre a importância da preservação
ambiental, coisa esta sempre sujeita não obstante às meias-soluções “fáceis” e
paliativas que os poderes oficiais venham a sugerir. Em qualquer destes casos,
se está meramente “correndo atrás do prejuízo” e atuando raramente pela prevenção,
e capacidade de prevenção é coisa que pode levar tempo para se alcançar e ao
custo de grandes perdas.
É importante daí conhecer estes contextos
históricos mais próprios do ambientalismo, porque isto contribui na busca da
sua organização como categoria social de forma de favorecer a sua emancipação e
beneficiar todo o planeta.
Haveria soluções à vista?
De fato pode haver respostas justamente naquela
palavra: “alternativa”. A Cultura Alternativa sempre primou com naturalidade
pelo interesse ambiental, onde a inclinação pela Natureza é inclusive tratada
em muitos níveis, desde o lazer até a espiritualidade passando pela saúde.
A Cultura Alternativa não parece ter muita
expressão política, ale até investe muito no apolitismo e na anarquia. Contudo,
esta é uma forma superficial e amadorista de tratar do assunto, cuja base é o autodidatismo.
A verdadeira vocação do alternativo é a autonomia, assim como o ecumenismo e a
renovação humana integral.
A Filosofia Alternativa possui daí um grande
potencial, necessitando meramente alguns ajustes. No geral, o ambientalismo tem
pouca força porque a cultura que nele se apoia no moderno Ocidente é todavia
incipiente. No mais, se trata de fazer que esta semente encontre uma terra
fértil, superando radicalismos e compulsões.
Cabe pois basicamente socializar a cultura ambiental, aproveitando as
crises para fomentar novas bases sociais.
As vantagens potenciais do ambientalismo, é que
ele não costuma ser um interesse isolado. O interesse pelo bom, o bem e o belo
costuma estará ele associado. De fato o ecologista possui propensões holísticas
(o que
toca ao espírito das profecias da “nação do arco-íris”, tema especialmente caro
ao Brasil por muitas razões: miscigenação ampla, ecumenismo, sétima sub-raça
árya, território da Era de Aquário, etc.), anda que
sofra dos males juvenis das novas mentalidades. Existe uma tendência do
ambientalista valorizar também a espiritualidade e a fraternidade, buscando
pesquisar vias místicas e fomentar comunidades. Contudo, o seu poder de
contestação necessita avançar para as sínteses necessárias visando fazer dele
um construtor social. Falta por exemplo contestar também a si mesmo e, mais
especialmente tratar de questionar menos as coisas em si do que o seu estado
atual, valorizando o resgate dos fundamentos juntamente com a sua renovação.
Enfim, aquilo que os orientais falam sobre não se necessitar “reinventar a
roda”, mas apenas recolocá-la em movimento.
Não obstante, a cultura hippie e derivadas
também beberam em fontes culturas holísticas. O próprio ambientalismo é
sabidamente uma caraterística forte das sociedades tradicionais que remontam
não raro a muitos milênios, e que hoje são inclusive uma força presente nos
fóruns sociais. Quais são os valores sociais dominantes neste tipo de
sociedade? E como estas culturas se organizam comumente? Nas respostas a isto
teremos pistas importantes pata o nosso futuro.
Raízes profundas da sustentabilidade
Para descobrir a força histórica do
ambientalismo, é necessário reencontrar os contextos reais aos quais pertencem
este ideal. Para isto evitaremos radicalizar invocando realidades
culturais muito distantes, como seriam as tribais de origens neolíticas ou paleolíticas -ainda
que algo disto certamente tenha que ser também tratado-, buscando permanecer no
curso histórico mais ou menos atual. Vamos pois exemplificar.
O poderio econômico possui uma origem natural
na burguesia. A força social está naturalmente amparada no proletariado. A pujança
espiritual, por sua vez, representa uma especialidade do clero. Estamos
falando, obviamente, de classes sociais. Claro que todas as classes possuem algo
de tudo à maneira dos “fractais”, porém por vocação ou estágio evolutivo estas
classes desenvolvem especialidades e vice-versa. E estes setores sociais tem
determinado fases e etapas de evolução da humanidade –e não apenas sociais, mas
também antropológicas ou ainda mais-, da mesma forma que emergem como respostas
a situações do mundo. Até mesmo uma séria crise ambiental pode ser associada a
uma provação histórica social, relacionada por exemplo às enfermidades que
acometem a vida dos iniciados, visando ativar a sua capacidade de adaptação e
despertar forças ocultas dentro dele. A formação social também demanda provações
desta natureza.
Então, a grande pergunta é: quem são realmente
os grandes ambientalistas? Sabendo identificar o setor social que integram, estaremos
dando um passo importante na sua potencial unidade e capacitação histórica.
As etapas sociais respondem naturalmente à
própria evolução do mundo. Haveria porventura um novo momento sendo gestado no
mundo, para a afirmação de uma classe ambientalista? O mistério pode nem ser
tão profundo assim. Porém devemos seguir pistas históricas para encontrar a
verdadeira identidade deste valor social.
Remontemos daí ao começo desta matéria, onde
associamos a cultura germânica ao ambientalismo natural. Esta sociedade possui
dimensões arquetípicas, míticas e paradigmáticas no mundo atual (atualmente em
renovação, contudo). O estudo teosófico das raças-raízes demonstra alguns
destes fundamentos, assim como a própria História o faz -tanto que a certa
altura este quadro daria margem a certas aberrações como foi o Nazismo, havendo
suas tradições e lendas inspirado ademais grandes épicos como os de Wagner.
Social e antropologicamente falando, o setor
que esta cultura realmente inspirou foi o dos guerreiros, também chamado originalmente de “aristocracia”, termo
grego equivalente a “nobreza”, com um sentido original de “caráter nobre”
naturalmente. Que teve também depois seu significado alterado em função da
natural decadência das forças sociais que alcançam o poder através do Estado. A
grande característica da aristocracia é a cultura e o valor humano, o
refinamento e a consagração da matéria ao espírito (diferente da “renúncia”
como sucede ao clero).
Na verdade o ambientalismo está muito ligado à
busca pela saúde integral. O ecologista vê na saúde um valor ontológico,
fundamento para a expansão da consciência e a evolução espiritual. O
ambientalismo é muitas vezes apenas uma extensão desta visão-de-mundo
idealizada. O guerreiro almeja um mundo belo, puro e bom, para ter qualidade de
vida e harmonia. Por extensão, a monarquia faz a apologia da beleza, e isto
inclui é claro o meio ambiente.
As tribos germânicas foram a base da
aristocracia européia, sobretudo a partir dos povos francos. Antes disto, as tribos
celtas se enquadraram num espírito similar. Falamos pois dos chamados povos
bárbaros, enfim, que a certa altura foram sendo assimilados pela “civilização”.
Sagração de Carlos Magno |
Do ponto de vista social, uma das grandes
conquistas da “Era dos Reis” (séculos XVI e XVII) foi a organização das nações
européias. Então, o ideal nacionalista está bastante presente na monarquia. O
investimento no cidadão e no valor humano, a defesa das fronteiras e a proteção
dos recursos naturais, são causas nacionalistas. A ideia de
projeto-de-civilização é uma habilidade dessas instâncias idealistas e
intelectualizadas.
O Nacionalismo é uma essência social na
nobreza, razão pela qual representa também um princípio estruturante daquela
classe social, como foi por exemplo certo modelo de feudalismo administrado
pelos guerreiros mais valorosos, conscientes e fiéis aos propósitos nacionais.
Existe até uma ideia de que a Democracia e a
República tendem naturalmente à Monarquia. Neste contexto, a monarquia é
considerada um amadurecimento em relação ao ensaísmo social republicano e ao
amadorismo político da democracia, possibilitado pelo próprio avanço dos
consensos naturais. A aristocracia pode “flertar” com a democracia porém as
suas metas são obviamente os novos consensos, que a princípio possui mais
relação com a democracia direta.
Em séculos recentes nós vimos o contrário –a
transformação de monarquias em repúblicas-, porém isto ocorreu sob golpes-de-Estado
e revoluções num contexto de desconstrução cultural. Os hemisférios da Terra
não seguem sempre o mesmo curso evolutivo, comumente em um existe construção e
noutro há desconstrução. Um vem do passado e outro vai para o futuro, e nisto
raramente existe coincidência de valores sociais.
A Monarquia também pode ser estabelecida por
golpes, mas ela muitas vezes tem surgido através de consensos populares,
sobretudo nas sociedades mais aristocráticas, em cujo seio se encontram grandes
representantes das causas nacionais. Na medida em que uma sociedade vá
adquirindo a sua identidade comum e unificada, tende a desejar libertar-se do
conjunto de mazelas que a república e a democracia acarretam, sobretudo sob
contextos políticos internacionais menos favoráveis.
Lideranças expressam valores raros e inestimáveis
representadas muitas vezes por pessoas vocacionadas e abnegadas, há que valorizá-las
sob pena de termos apenas a servidão irremediável. Que os utopistas fiquem com as
suas ideias vãs sem lugar no mundo. A liderança espontânea faz parte da
ordem natural das coisas, tudo no universo está formado por centros e periferias,
é a ordem da harmonia e do equilíbrio natural. Compreender a liderança do indivíduo
é um dos primeiros passos para que uma classe se organize e se emancipe,
emergindo como uma categoria-líder ela mesmo para orientar o conjunto da sociedade.
As monarquias originais não costumam contudo envolver a
hereditariedade e estão sujeitas a parlamentos e a conselhos de anciãos, que
podem escolher e trocar os reis segundo as necessidades. E para que seja
possível este controle, tais sociedades devem possuir dimensões reduzidas, para
evitar excesso de poder e as burocracias desumanizantes a ele associada. Neste
caso, se trata de ordens sociais como os clãs e tribos, que preservam a sua
unidade e harmonia através de confederações políticas e outras medidas
ocasionais, como troca comerciais e culturais (jogos, casamentos, etc.).
Estruturas sociais – bases subjetivas e matemáticas
Outra forma de avaliar a natureza atual do
ambientalismo, é verificar o contexto social no qual emergiu o movimento hippie
e associados. A Guerra Fria não foi uma guerra real –e nem poderia ser- entre
Capitalismo e Comunismo, e sim uma simples disputa ideológica global. A Guerra
Fria foi, isto sim, uma guerra-de-extermínio contra o Nacionalismo em todo o mundo,
desde ambas as ideologias imperialistas dominantes, sendo nisto quase uma
extensão da Segunda Guerra Mundial.
Os hippies foram nisto uma opção cultural
não-materialista ao estilo do êxodo, como quem vai para o deserto em busca de
paz e de refúgio (como fez a Sagrada Família quando o jovem Jesus foi
perseguido por Herodes) –sem abandonar contudo totalmente as frentes políticas
de luta que lhes eram mais significativas, como o fim das guerras e a própria
sustentabilidade, causas atestadas nos seus símbolos mais expressivos.
Os hippies e aqueles que se seguiram, foram
uma pequena fênix –de quê exatamente? Do mesmo espírito nacionalista sob
opressão interna e exterior, dos quais foram uma transformação e uma adaptação
cultural. Se na América do Norte o Nacionalismo foi dominado pelo Capitalismo
liberal, na América do Sul isto não chegou a acontecer tão espontaneamente, até
que as Ditaduras da Guerra Fria sabotaram a força nata do Nacionalismo através
da máscara rígida do Patriotismo-de-fachada.
O Ente social possui estruturas formativas tão
organizadas quanto o ente individual. Os calendários sociais eram conhecidos
desde a Antiguidade, havendo se perdido somente após a Idade Média, estando
todavia hoje sendo recuperados.
Cada ciclo social em formação tarda 200 anos (organizado
por três gerações funcionais –ver adiante), onde como vimos os estratos sociais
raramente coincidem nas dinâmicas próprias dos hemisférios, daí os conflitos e
também os potenciais resultantes.
Nas civilizações em desconstrução (como a
Euroasiática) estes ciclos determinam movimentos revolucionários renovadores,
ao passo que nas civilizações em formação (como a das Américas) ocorrem
reestruturações sociais mais pacíficas, como sucede no Brasil onde a cada 200
anos a Capital Federal é mudada de região para buscar consolidar uma nova etapa
social numa região ainda pouco explorada deste grande país. Assim, na
atualidade atravessamos a terceira etapa social no Novo Mundo –a do
Nacionalismo (ou “proto-aristocracia”), precisamente-, começada no século XX.
Neste contexto, a luta também adquire uma
dimensão ontológica. Se sob a burguesia a guerra é apenas um meio para alcançar
outros fins, na aristocracia a luta representa um valor inerente. Diz-se
comumente que o guerreiro sagrado possui no geral uma dupla expressão, a
interior e a exterior (veremos adiante que também existe uma intermediária),
como se via desde a formação da cultura hindu (vide o Bhagavad Gita) e japonesa até a época medieval da Europa,
semelhante também àquilo que os muçulmanos dizem da jihad.
As categorias sociais costumam possuir tríplice
estrutura axiológica. No caso da “aristocracia” os valores dominantes são a
luta, a solidariedade e a sabedoria, base da sua tripla atividade como
guerreiro, político e filósofo, e que dominam na formação, na educação e no
amadurecimento da nobreza. Na formação das sociedades, estas características se
expressam construtivamente dominando as gerações, de modo que:
a. Inicialmente, os guerreiros destroem as
velhas estruturas sociais.
b. Depois, os políticos despertam uma nova
consciência social.
c. Por fim, os filósofos constroem as novas
estruturas sociais.
Tais dinâmicas se devem sempre à atrofia dos
ciclos e das gerações anteriores, pelo cumprimento das suas tarefas históricas.
O ambientalismo emerge sob as crises ecológicas e das atrofias sociais,
fomentada pela burguesia sobretudo. A austeridade que caracteriza as sociedades
“nobres” permite a sustentabilidade, quando não ocorre o oposto: a aristocracia
social se adapta a condições ambientais restritas e desafiadoras, fazendo
destes ambientes meios onde se possa regenerar e renovar a consciência humana. Foi
o caso dos bárbaros e das sociedades das estepes, que eram oprimidas pelos
impérios mas também tiveram o seu papel regenerador nas civilizações. O famoso huno Átila
era um excelente diplomata, e Gengis Kan soube imprimir uma forte nota moral na
sua invasão da China.
Tais gerações ocupam uns 60 anos cada, de modo
que estamos terminando a segunda geração ou a fase Política da classe
nacionalista. Este ciclo dito todavia “republicano” começou nos quartéis (a
Fase 1: “guerreiros” ou “Primeira República”), teve sequência através de um
socialismo nativo (a Fase 2: “política” ou “Segunda República”) e agora deve
prosseguir através da filosofia (a Fase 3 ou “Terceira República”), cuja tarefa
social é de renovar as estruturas sociais e aprofundar a formação da consciência
da nação pelo ambientalismo e a fraternidade.
Tal coisa será alcançada basicamente pela
socialização da Cultura Alternativa, criando ambientes sociais verdadeiros para
a sociedade em crise, assumindo assim novas responsabilidades para amadurecer
como ente social e espiritual, e superando nisto ideologias mais radicais
através das sínteses do “reto pensar”. Esta é uma condição para o sucesso dos
trabalhos nesta nova etapa necessária de socialização
do saber.
Se na sua fase experimental, embrionária e
auto-formativa (chamada simbolicamente de “a educação dos músicos”), a
Filosofia Alternativa buscou fomentar pequenas comunidades e investir na
experiência pessoal transformadora, na sua fase madura e expressiva
(simbolicamente, “a organização da orquestra”) a Cultura Alternativa deve se
organizar como classe social para manifestar assim a Grande Sinfonia da
renovação, que será então –e somente assim- a verdadeira realização da
anunciada Sociedade Alternativa, a qual irá oferecer opções e soluções verdadeiras
para um mundo em crise.
Conclusões: da identidade social ambientalista
A
qual contexto social toca o ambientalismo tradicionalmente?
Sabemos
que as culturas autócnes vivem em harmonia com a Natureza,
porém
qual categoria social possui vínculos diretos com ela?
- Os
proletários a ignoram.
- Os
burgueses a exploram.
- Os
guerreiros a idolatram.
- Os
sacerdotes a transcendem.
O
guerreiro é um mensageiro de areté, a
virtude, e a Natureza é a mãe da virtude.
Por
isto Gaia é a mãe de todos os guerreiros,
do lutador
autêntico, valoroso e prudente, cuja sina é refinar a si mesmo e ao mundo.
Não
como uma ideia técnica e intelectual, mas como uma força vital transformadora
Pois
ele se alimenta dos Elementos, é irmão das auroras e das estrelas.
A
Natureza é o seu grande cenário, palco para as suas mais nobres realizações.
Para
ele, a Civilização é apenas um instrumento providencial
Jamais
um fim em si, somente serve para manter a Ordem do Mundo.
A
Natureza é o sinal do Criador, a ante-sala da Eternidade.
Por
isto o franciscanismo era uma religião aristocrática,
concatenada
por um guerreiro que se tornou santo.
O
guerreiro não pertence a uma classe de massas e nem de riquezas.
De
onde provém então a sua força e poder?
Suas
armas são a virtude e o valor, o encanto e a beleza, a justiça e a lealdade.
O
guerreiro perfeito não é apenas um lutador, ele é também um político e um
filósofo.
Desde
a sua estatura cultural, o guerreiro tem colhido já
os frutos
luminosos da consciência, faltando-lhe apenas a iluminação.
E
nisto ele prossegue lutando, despojando-se. Cavaleiro-monge, guerreiro da luz.
É o
único que avança pelo vale das sombras para resgatar o Graal restaurador.
Para
uns ele luta apenas contra moinhos-de-vento
Mas
ele sabe porque vê com sua especial visão.
Nem
tudo que importa na vida está aparente aos olhos.
O essencial na verdade apenas é conhecido pelo
coração.
Participe também os nosssos facegrupos de debates:
Nenhum comentário:
Postar um comentário