O sentido iniciático de Brasília


Brasília é muito importante por uma razão muito simples: é o centro político e social atual da nação, e ademais, um centro geográfico agarthino e interior, muito apropriado para um país continental como é o Brasil.
Brasília ostenta um conjunto de signos de grande interesse, não obstante a cidade poder ser ainda aprimorada e humanizada. Com suas “cidades satélites”, é uma típica “cidade solar”, com uma arquitetura central que se tornou praticamente canônica, à parte o seu urbanismo peculiar. O clima e a vegetação também chamam a atenção.
Ela é solar também, porque dentro do Calendário Cronocrator, foi fundada sob o signo de Leão. Na verdade, todas as Capitais foram fundadas sob os signos fixos, que são signos de síntese e de poder.
O Calendário Cronocrator trabalha com ciclos gerais de 800 anos (com uma extensão para mil anos); está baseado nas conjunções de Saturno e Júpiter, ditos “Senhores do Tempo” pelos Antigos, para os quais estes planetas regulam os ciclos das Civilizações.
O ciclo de 800 anos abrange a formação das quatro classes sociais, em sub-ciclos de 200 anos para cada classe. É exatamente no meio destes sub-ciclos, que ocorre a fundação das Capitais, sob marco dos Signos Fixos, considerados sagrados e querubínicos. No Brasil, as três Capitais sócio-regionais foram Salvador, Rio de Janeiro e Brasília, faltando uma Capital na Região Norte e, para coroar o quadro, ainda outra Capital no Sul.
Os signos Fixos têm relação com o aqui-e-agora –isto é, com a consciência em si-, porque eles estão no centro das tríades, dos quadrantes e dos Elementos zodiacais. E nada pode demonstrar melhor o espírito da realização de um ciclo, do que a constituição de uma nova Capital, símbolo das melhores aspirações daquele ciclo e foco para as transformações que se quer.
Para reforçar o tema, Brasília foi fundada no marco de um Signo Fixo, a 21 de Abril de 1960, abrindo o signo de Touro, portanto. Este signo foi o mesmo que deu abertura ao ciclo áryo, marcando especialmente as suas primeiras civilizações, como foi a do Egito, com sua arquitetura bela e solene, exata e pesada.
Contudo, a Nova Era Era é a de outro Signo Fixo: Aquário, o que dá leveza e intelectualidade às formas -e seguramente, existe muito simbolismo para explorar na arquitetura brasiliense. Porém, a nova raça em vista –Sexta raça-raiz- já não é “intelectual”, mas pós-mental, intuitiva, telúrica e até cósmica. A forma-em-cruz de Brasília, evoca a quarta humanidade que emerge, após a Lemuriana, a Atlante e a Ariana. E a sua forma de avião ou de pássaro (íbis, a fênix egípcia), remete ao elemento Ar de Aquário.

O “aqui-e-agora” da evolução

A importância de focalizar e investir na Capital atual, diz respeito a uma evolução em tempo real, daí o seu caráter iniciático. Alguns até podem ficar a sonhar com o passado ou com o futuro, porém somente no aqui-e-agora é que a realidade pode ser vivida, fomentada e construída, sobre as bases do passado e edificando o porvir. E no caso em questão, este momento tem muito a ver com a questão social. Embutido nesta idéia “social”, está a terceira classe tradicional que é a dos guerreiros, a aristocracia espiritual, ou Kshatrya na Índia, associada ao terceiro ashrama (etapa-de-vida) de Vanaprastha (instrutor espiritual) e à terceira iniciação, dita “solar”, concentrada nas sucessivas esferas de atividades mentais: concreta, abstrata e criativa, simbolizadas nas três formas de pronunciar a Palavra sagrada árya: AMEM, AUM e OM. Assim, a síntese que é Brasília já vela por um destino maior para a nação, de uma dimensão imaterial e humanista consagrando a matéria à alma, como se percebeu no contexto da sua criação ocorrida há meio século atrás, de teor socialista e revolucionário a ponto de haver incomodado os brios do império burguês que viu nos ousados movimentos da jovem nação, uma base inexorável de transformação cultural no Ocidente, como é realmente o destino de toda a grande nação.
A culpa das grandes mazelas da Nova Capital, é em grande parte desta herança política maldita de ditadura de “Guerra Fria”, e que somente a muito custo será erradicada, devendo na vedade ser depurada através dos esforços de uma nova geração, já com suas próprias características, destarte mais filosófica. Assim, aqueles que tomaram um caminho outsider naquele período, são os mesmos que preparam hoje a etapa regenerativa deste ciclo social.
Cabe aqui observar a natureza dos Signos de Fogo que embasam as etapas de 60 anos (como no Calendário chinês) de cada classe social:
1ª geração ........ Áries ........... militarismo: 1900-1960 = Jnana Ioga (conhecimento)
2ª geração ........ Leão ........... política: 1960-2020 = Raja Ioga (abstração)
3ª geração ........ Sagitário ..... filosofia: 2020-2080 = Agni Ioga (criatividade)
Aqui, os guerreiros abrem o caminho lutando, os políticos socializam a justiça, e sobre esta base os filósofos trazem a luz para todos. Espiritualmente falando, a informação traz a análise, a abstração faz a síntese, e a criatividade constrói a matese (realização). Este ciclo todo, também pode ser associado às etapas do Plano da Hierarquia de Preparação da Humanidade para a Nova Era.
Assim, nos achamos na atualidade na transição da segunda para a terceira geração, tocando, todavia, consertar o Estado e a sociedade através da filosofia, mais do que propriamente da política em si. A Democracia deve ser curada através dos movimentos-de-base, capaz de realizar uma supervisão popular do Estado e provê a equidade demográfica. Daí as propostas de êxodo urbano e interiorização territorial, para organizar socialmente as amplas regiões do Centro-Oeste, colocando também com isto as bases da futura etapa espiritual da nação, a ser sediada na Região Norte.
A atualidade de Brasília faz, portanto, toda a diferença, portanto, e deveria mobilizar os melhores esforços para o seu aprimoramento contínuo. De nada adianta se limitar a fazer críticas a respeito das deficiências da Capital, geralmente críticas maldosas, já que muita gente conservadora ou acomodada, e com pouca consciência da globalidade da nação, protestou e ainda protesta contra a nova Capital, como sempre aconteceu e acontecerá nestes casos.
Porém, aqueles que têm o dom da construção, que não querem se limitar a serem espectadores passivos da História, estes miram no foco da evolução e buscam fazer a sua parte. Esta é a sina dos verdadeiros iniciados.
A iniciação está comumente associada aos Signos Fixos e suas palavras-chaves, ou seja: Saber, Querer, Ousar e Calar. São estas virtudes que fomentam o dom da consciência. Tal coisa envolve ainda as disciplinas da Ciência, da Arte, da Sociologia e da Educação, e se relacionam ao regime da Sinarquia reunindo Palácio, Templo, Escola e Teatro.
É fato notório que Brasília ostenta uma quantidade ímpar de pessoas destes signos (ou com forte ênfase neles), quer dizer: Touro, Leão, Escorpião e Aquário. E isto aconteve especialmente nos círculos místicos ou esotéricos, coisa que se concentra, a olhos vistos, em locais como Alto Paraíso.
As pessoas destes Quatro Signos, assim como aqueles que têm uma consciência mais expandida através do discipulado, sentem uma especial empatia com estes locais, eles como que “sentem-se em casa” ali, onde percebem haver um verdadeiro portal aberto, pelo qual flui uma energia especial de “aqui-e-agora”, isto é: de consciência, de poder espiritual, de magia enfim.
A forma como esta energia é usada, sempre pode depender do livre-arbítrio, mas de toda forma ela é útil para as realizações de síntese e para a evolução espiritual. Atuar em Brasília e adjacências traz este potencial de integração, interna e geral, lembrando ainda que o Brasil é o “país da Nova Era” porque a faixa celeste de Aquário (que vai de 30º a 60º O) incide apenas sobre o Brasil e um pequeno setor do Cone Sul (Uruguai e parte da Argentina).

Da obra "Vivendo o Tempo das Profecias", LAWS

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